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Médio brasileiro acusa o Sporting de usar exames médicos para fazer cair negócios

Médio brasileiro acusa o Sporting de usar exames médicos para fazer cair negócios

Sandro, médio do QPR, esteve em Lisboa para assinar contrato com os “leões” mas acabou por chumbar nos exames médicos. Agora, acusa o Sporting de tratar os futebolistas como mercadorias e de inventar lesões para não finalizar os acordos.

“Os clubes não tratam os jogadores como pessoas. Tratam-nos como se fôssemos um produto”, começou por dizer.

O internacional brasileiro explicou como foram os exames com o clube leonino: “Tinha a sensação de que não esperavam que eu fizesse testes médicos, porque quando cheguei ao hospital e as coisas não estavam prontas. Os jogadores não têm de trazer o seu próprio equipamento para fazerem testes médicos. A seguir era a parte de verificarem o meu corpo mas foi incrível: só viram o meu joelho direito. Perguntei se não iam ver o outro e disseram-me que estava tudo bem, mas eu sabia que não”.

Porém, os leões mudaram alegadamente de opinião subitamente: “O clube disse que o meu joelho não estava bem. Passados 10 minutos, o meu agente ligou-me e disse-me que ofereciam metade do salário, mais bónus. A última coisa que o meu empresário disse foi que eu não ia querer ir para um clube como aquele. Era suposto assinar por quatro anos, por isso disse que o faria apenas por dois. Mas eles apenas queriam cortar no salário. Tudo fez sentido: porque haviam de ver apenas um joelho e não todo o corpo a não ser por não me quererem comprar?”.

O futebolista revela ainda que esta situação ainda o prejudica: “Senti-me muito mal. Como é que um clube faz isto a um jogador? Andaram a brincar comigo e isso não é justo. O que fizeram não só me afetou naquele dia como ainda me afeta atualmente. Não consegui assinar com o WBA e outros clubes porque eles viram as notícias. Uma semana depois de o Sporting me fazer isto, fê-lo também com o Lucas Silva. Disseram que ele tinha um problema cardíaco. Um dia depois regressou a Madrid e estava bem. Isto mexe com a vida das pessoas”, completou.